As mordaças impostas pelas circunstâncias
Em alguns momentos das nossas vidas observamos vários entraves, becos aparentemente sem saídas. Situações em que não podemos opinar ou nos posicionar, considerando as retaliações que surgiriam diante da “rebeldia”.
Quem nunca se sentiu injustiçado ou indignado diante de uma fala de um superior hierárquico ou alguém com ascendência sobre suas ações?
Quem nunca, ao ouvir uma inverdade ou algo absurdamente equivocado, não pensou em retrucar ou discordar do discurso inapropriado?
Quem nunca se sentiu silenciado ou usurpado em suas atribuições, simplesmente porque se destacou num trabalho, atividade escolar ou outra atividade externa?
Quem nunca se sentiu impotente ao constatar que o “faz de conta” fala mais alto do que o real compromisso com a mudança e a justiça social?
Quem nunca se sentiu mal em um ambiente hostil e preconceituoso, eivado de valores hipócritas e superficiais?
As mordaças que nos são colocadas diariamente são inúmeras, minam as forças e impactam a nossa saúde mental.
Se você é quem amordaça, reflita, ainda dá tempo de mudar…
Se você é o(a) amordaçado(a) não se esqueça, embora nem sempre as palavras sejam postas na mesa, é possível ter atitudes distintas do(a) opressor(a).
Valnia Véras