Certamente todas as pessoas já sentiram em algum momento o peso da insatisfação, aquela sensação de que existe uma imensa porta de ferro obstruindo a passagem. Um sentimento que assola a alma, em razão dos repetidos “não” que ouvimos ao longo da vida.
O “não” nos desestimula a seguir em frente. O “sim”, constante e imposto, nos traz desânimo.
Como lidar com o peso da insatisfação? Como lidar com as aparências e máscaras que nos perseguem nos instantes que buscamos verdades?
Como seguir em frente diante das barreiras na calçada?
Como ter voz, se a invisibilidade abafa as lutas diárias?
O peso da insatisfação pode ser medido a partir da rebeldia, do inconformismo, da certeza da transformação.
Se em alguns momentos a insatisfação nos paralisa, logo em seguida ela nos impulsiona. É o gérmen da desconstrução, a janela aberta para um mundo novo.
Estamos evoluindo e o mundo experimenta diuturnamente a transição das coisas, das estações, das luas.
O peso da insatisfação é uma interrogação, talvez uma vírgula, inúmeras reticências.
Com esse peso eu convivo temporariamente, com a insatisfação eu levanto, rastejo e planto resistência.
Como diz Caetano veloso “ Acredito ser o mais valente nessa luta do rochedo com o mar..”